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Comportamento 

Três perguntas para se fazer antes de começar uma dieta

Sugar baby, você é do tipo que, para perder os quilos a mais e a barriguinha indesejada, sai em busca de uma dieta “milagrosa”? Normalmente, vai atrás daquela que o vizinho, parente ou amigo fez e recomenda porque para ele deu certo. Há uma variedade de dietas, tais como: a que restringe a ingestão de carboidratos (chamada low carb): a que restringe a ingestão de gordura (low fat): a cetogênica, uma espécie de dieta low carb, mas com maior redução de carboidratos; a vegetariana; a vegana; e a dieta dos pontos etc. Uma questão, porém, permanece, essas dietas funcionam realmente?
Para o especialista em emagrecimento Rodrigo Polesso, em primeiro lugar se faz necessário definir o que é “funcionar” no caso em questão. “Uma dieta que funciona pode significar que ela é eficaz em fazer com que a pessoa perca peso temporariamente”, diz. No entanto, segundo ele, a maioria das pessoas não tem problema em perder peso e sim em não ganhar novamente. Desse modo, a validação de uma dieta deve passar por três questionamentos básicos:
1 – A dieta tem como foco o controle de insulina no sangue?
Nenhuma dieta ou método que não controle a insulina no sangue irá funcionar em longo prazo. “Para que os hormônios que queimam a gordura – como as enzimas HSL e Glucagon – funcionem, a insulina precisa atuar de forma natural. Ou seja, se houver muita insulina correndo no sangue, o organismo não vai queimar gordura”, explica Polesso.
Carboidratos densos (pães, massas, batatas, arroz, doces etc.) são os responsáveis pelos picos de insulina no sangue. Então esses alimentos precisam ser controlados. Por outro lado, destaca Polesso, se a dieta em questão corta os carboidratos totalmente e restringe a sua alimentação à somente poucos alimentos, isto também pode ser um problema. Passa-se, dessa forma, ao segundo questionamento:
2 – A dieta fornece ao corpo todas as vitaminas e nutrientes necessários para que tenha boa saúde?
“É preciso que a dieta promova o consumo de alimentos ‘de verdade’, ou seja, carnes, legumes, ovos, folhas, frutas (com moderação)”, afirma Polesso. Ele destaca que produtos derivados de farinhas (de trigo, principalmente), como pães, massas, mesmo que integrais; iogurtes artificiais; suplementos; e shakes não se enquadram entre esses alimentos.
“Se a tal dieta limitar seu consumo de alimentos ‘de verdade’, levante a bandeira vermelha”, destaca o especialista. No que diz respeito ao emagrecimento precisamos lembrar que, ao contrário do que dizem, não precisamos emagrecer para ficarmos saudáveis, mas, sim, ficarmos saudáveis para podermos emagrecer. Isto porque, além do emagrecimento sustentável, o objetivo com a dieta é a melhora da saúde e o fortalecimento interno, com ganho de disposição. O que leva à última pergunta:
3 – A dieta proporciona satisfação, disposição e é simples?
“Se a dieta o deixar com fome durante o dia ou à noite, isto não é um bom sinal. Possivelmente o metabolismo de seu organismo será afetado negativamente, mais cedo ou mais tarde por conta disso”, diz o especialista. Segundo Polesso, o corpo tende a adaptar-se a estes novos hábitos e atingir o chamado “efeito platô”, ou seja, parar de emagrecer.

Polesso é contrário também a dietas que se baseiem no cálculo de calorias. A simplicidade deve dar o tom. “O corpo humano é muito mais capaz e inteligente do que podemos imaginar. Quando se fornece os alimentos corretos, ele mesmo faz o trabalho de se livrar da gordura extra e de se estabilizar no peso ideal”, argumenta. A solução para o emagrecimento e para a manutenção do peso ideal não se encontra na dieta x ou y, mas na adoção de um estilo de vida saudável “verdadeiramente embasado no que a ciência sabe atualmente sobre nutrição, emagrecimento e boa forma”.

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